terça-feira, maio 02, 2006

Da Vinci deixou-nos a 2 de Maio de 1519

Leonardo da Vinci (Anchiano, 15 de Abril de 1452 — Cloux, 2 de Maio de 1519) foi um pintor, arquitecto, engenheiro, cientista e escultor do Renascimento italiano. É considerado um dos maiores gênios da história da Humanidade.
Nascido num pequeno vilarejo próximo ao município toscano de Vinci, Leonardo era filho ilegítimo de Piero da Vinci, um jovem notário e de Caterina. A mãe de Leonardo era provavelmente uma camponesa, embora seja sugerido, com poucas evidências, que ela era uma escrava judia oriunda do Oriente Médio comprada por Piero. O próprio Leonardo da Vinci assinava seus trabalhos simplesmente como Leonardo ou Io Leonardo. A maioria das autoridades refere-se aos seus trabalhos como Leonardos e não da Vincis. Presume-se que ele não usou o nome do pai por causa do estado ilegítimo.
Considerado por vários o maior gênio da história, devido à sua multiplicidade de talentos para ciências e artes, sua engenhosidade e criatividade. Num estudo realizado por Catherine Cox, em 1926, seu QI foi estimado em cerca de 180. Outras fontes mencionam 220.


As lendas em Da Vinci são múltiplas e elas ainda inspiram até hoje imaginações em cima de todo limite. O Código de Da Vinci é o exemplo contemporâneo mais evidente que a história do artista ainda desperta numerosas curiosidades e como muitas polêmicas. Os textos são analisados do ponto de vista simbólico entre seus trabalhos mais importantes. Para citar o mais conhecido, há teorias que Mona Lisa é um auto-retrato, mas com feições femininas, explicando assim o sorriso ambíguo. No entanto, a idéia mais aceita é que o retrato ilustra a da esposa do comprador, Francesco Bartolomeo del Giocondo - daí o nome La Gioconda. Mas mesmo assim, ainda há o simbolismo por trás do nome: o nome Mona Lisa poderia ser um anagrama de duas divindades egípcias da fertilidade Amon e Isa, muito referenciadas pelos pagãos da época.

Morte de Leonardo da VinciJean-Auguste-Dominique Ingres - 1818Óleo sobre telaMuseu do Petit Palais, Paris, França:
«Em seu leito de enfermo Leonardo agonizava. Vislumbrou o rei que chegava para visitá-lo, já em baixo no pátio, mas ninguém vinha ao seu encontro. (...) Seu discípulo Malzi apressou-se em erguer Leonardo sobre os travasseiros e arrumar em torno dos ombros a fina capa que usava quando Francisco I ia visitá-lo. No delírio, Leonardo supôs que o rei entrava no quarto, se aproximava do leito e o abraçava em lágrimas. (...) Esta lenda foi imortalizada num famoso quadro de Ingres.»

Bruno Nardini